A Operação Verão, iniciada neste mês de dezembro e que se estende até março do próximo ano, exige ações prévias para que os impactos das chuvas não causem estragos como alagamentos em áreas urbanas e rurais. Jundiaí, por meio de ações preventivas, como a limpeza de bueiros, desassoreamento de rios e a manutenção das áreas verdes, se preparou para mitigar os efeitos do período mais chuvoso.
A partir de 21 de dezembro, com o início do verão brasileiro, o período acompanha as chuvas de maior intensidade que impactam a região Sudeste. A expectativa de precipitação para o período, de acordo com a Defesa Civil, deverá ser mais chuvoso ou tanto quanto este último, que teve acumulado de 1.525 mm (a média dos últimos 10 anos é de 1300 mm). Assim como nos anos anteriores, Jundiaí desencadeia ações de maneira integrada entre as Unidades de Gestão para reduzir os impactos à população.
Para evitar transtornos à população, as ações preventivas dão iniciadas ainda no período de seca, com a limpeza de bocas de lobo, hidrojateamento e desassoreamento de córregos. De acordo com dados da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP), no segundo semestre de 2022 foram realizados 58 kms de desassoreamento de rios e córregos, entre os bairros Jundiaí Mirim, Novo Horizonte, Vila Esperança, Caxambu, Colônia, Vianelo, Corrupira, Rio Acima, Mato Dentro, Traviú, Santa Gertrudes e Castanho. Já em limpeza e manutenção de bocas de lobo somam mais de 10,5 mil pontos limpos. Ainda 2,5 mil receberam o hidrojateamento, que é a limpeza adicional com a água pressurizada.
“Jundiaí, a partir do Plano da Operação Chuvas de Verão, que conta todas as Unidades de Gestão envolvidas, consegue se restabelecer rapidamente após impactos de chuvas de grande intensidade, como o verificado no início de 2022, com 266 mm em 72 horas, desse montante, 216 mm caiu em apenas 12 horas. Esse volume foi maior que o registrado em Petrópolis/RJ, na serra carioca, e causou grandes estragos, inclusive com mortes”, comenta o coordenador da Defesa Civil de Jundiaí, coronel João Osório Gimenez Germano.
Essas ações destacaram a cidade para receber o Certificado de Resiliência do “Programa Município Resiliente”, do Governo do Estado de São Paulo. Além das atividades prévias, o município conta com brigadas e equipes de força-tarefa já estabelecidas, coordenadas pela Defesa Civil, para que a resposta à população seja imediata.
“O trabalho de limpeza realizado pelas equipes da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos é permanente, porém, se intensifica no período pré-chuvas. As equipes recebem o planejamento, com as indicações feitas pela Defesa Civil, sobre os locais com maior necessidade de limpeza do córrego, em decorrência do assoreamento, por exemplo. Ainda podemos contar com a construção do segundo polder, ou ‘piscinão’, no Jardim Tulipas, exatamente para amortecer a quantidade de água que chega pelo rio Jundiaí”, comenta o gestor da UGISP, Adilson Rosa. A entrega do dispositivo – que será o segundo no mesmo modelo, com capacidade 9 mil metros cúbicos de água – em 60 dias.