PT espera ter apoio de Tebet, PSDB e PDT até quarta (05)

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira (3) que a campanha do 2º turno das eleições deverá focar naqueles que “parecem que não gostam da gente”, em referência ao partido ao qual é filiado.

Lula foi criticado durante a campanha por “pregar a convertidos”. A campanha petista avalia que é preciso ampliar o leque de apoios para vencer no próximo dia 30.

“A partir de amanhã, é menos conversa entre nós e mais conversa com os eleitores. […] Precisamos conversar com aqueles que parecem que não gostam da gente”, disse.

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, também disse que a legenda busca o apoio da candidata Simone Tebet e do PSBD. Segundo ela, até quarta, PT terá retorno sobre as alianças.

As declarações foram dadas durante reunião da coordenação da campanha Lula-Alckmin.

Busca por novos apoios

Nos próximos dias, a campanha de Lula ao Planalto espera reiniciar os movimentos feitos recentemente de declarações de apoio ao petista.

O ex-presidente disputou o primeiro turno em uma coligação com dez partidos (PT, PSB, PCdoB, PSOL, Rede, PV, Pros, Avante, Agir e Solidariedade), repetindo o recorde de alianças da candidatura de Dilma Rousseff nas eleições 2010. Para reforçar a imagem de uma “frente ampla” contra Bolsonaro, a campanha investiu na atração de políticos e setores que, em outras ocasiões, haviam se posicionado de forma contrária ao PT.

Para o primeiro turno, a construção teve início com o anúncio do ex-governador Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente. Depois, somaram-se à campanha ex-ministros dos governos Itamar Franco, José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, artistas, religiosos e intelectuais.

No primeiro momento, o foco deve ser voltado a tentar atrair os apoios de dois presidenciáveis derrotados no último domingo: Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). As duas candidaturas foram alvos de apoiadores de Lula que defendiam o voto útil – estratégia em que o eleitor abre mão do seu candidato de preferência para votar em outro que tem mais chance de vencer para evitar o avanço de um candidato indesejado.

Fonte: G1