O Papa Francisco pediu nesta quarta-feira (26) que as crianças não sejam condenadas por sua orientação sexual pelos seus pais.
“Pais que veem orientações sexuais diferentes nos filhos, lidem com isso e acompanhem os filhos, e não se escondam no comportamento de condenação”, disse o pontífice. “(…) a esses pais, eu digo que não se espantem (…) nunca devem condenar um filho”.
A afirmação ocorreu durante a audiência geral com fiéis, no Vaticano, em um momento de improviso, no qual o líder da Igreja Católica falava sobre as dificuldades da paternidade.
O Papa Francisco já demonstrou ter interesse em dialogar com católicos LGBTQIA+, geralmente suas mensagens são a respeito de acolher esses fiéis.
No ano passado, o Papa afirmou que pessoas homossexuais têm o direito de serem aceitos por suas famílias, como filhos e irmãos.
Ele também já defendeu, ainda que a Igreja não reconheça o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que a união civil é um direito de todos.
Em 2018, o Pontífice já havia falado contra a condenação de crianças homossexuais, que os pais deveriam dar espaço para suas crianças para que elas pudessem se expressar.
Problema de saúde
Também nesta quarta, o Papa anunciou que está com uma inflamação no joelho que o impediu de caminhar para a tradicional saudação aos fiéis, ao término da audiência geral semanal no Vaticano.
“Hoje não vou passar entre vocês para cumprimentá-los, porque estou com um problema na perna direita. Estou com um ligamento do joelho inflamado”, explicou o pontífice argentino aos fiéis que assistiam à audiência.
“É temporário. Parece que é algo que acontece com os idosos, então, não sei por que aconteceu comigo”, brincou, provocando risos dos fiéis.
Francisco, que em março completa nove anos de pontificado, tem problemas no nervo ciático, algo que lhe causa fortes dores. Em julho passado, foi submetido a uma delicada operação no cólon.
Seu estado de saúde costuma ser alvo de rumores no Vaticano, sobretudo, de seus críticos.
Durante a audiência, o líder católico também rezou pela paz na Ucrânia.
Fonte: g1
Foto: Remo Casilli/Reuters