O governo federal divulgou nesta terça-feira (11) como será a distribuição de vacinas contra Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. A previsão do Ministério da Saúde é de que o primeiro lote, com 1,2 milhão de doses do imunizante Comirnaty, da Pfizer, chegue ao país nesta quinta-feira (13), pelo aeroporto de Viracopos, em Campinas.
O encaminhamento da vacina seguirá o critério populacional (de acordo com a faixa etária). A região que receberá o maior percentual de doses será o Sudeste, com 39,18% do total. O estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil, terá 20,73% dos imunizantes.
O Brasil deve receber 4,3 milhões de doses da vacina para crianças em janeiro. Na última segunda-feira (10), o ministro Marcelo Queiroga anunciou a antecipação de 600 mil doses desse total. O governo informou que a Pfizer deve entregar mais 7,2 milhões de doses em fevereiro e 8,4 milhões em março.
Os imunizantes serão analisados pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) antes de ser enviados aos estados e municípios. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso da vacina da Pfizer para a população entre 5 e 11 anos em 16 de dezembro último.
A imunização de crianças não será obrigatória no Brasil, diferentemente de todas as outras imunizações infantis previstas pelo PNI (Programa Nacional de Imunização). Caberá aos pais ou responsáveis dar o aval para a aplicação. O intervalo entre uma aplicação e outra será de oito semanas.
Apesar de manter nas mãos dos pais a decisão de vacinar ou não as crianças, o Ministério da Saúde voltou atrás em relação à cobrança da prescrição médica como condicionante para a aplicação.
A dose da vacina que será aplicada nas crianças equivale a um terço da usada nos adultos. O imunizante poderá ser armazenado por dez semanas a uma temperatura de 2°C a 8°C. A vacina aplicada em pessoas acima de 12 anos pode ser guardada por quatro semanas após o descongelamento. O frasco do imunizante pediátrico é de cor laranja, enquanto o de adultos é roxo.
Fonte: R7
Foto: SEBASTIEN BOZON/AFP – 23.12.2021