Além de encarar o aumento generalizado do preço dos combustíveis no país — com custo que chega a R$ 7,00 em alguns estabelecimentos da região —, os consumidores têm outra preocupação: a qualidade do produto.
A gasolina comum vendida nos postos reúne componentes químicos, mas uma das diferenças entre a de qualidade e a modificada é a quantidade de álcool adicionada à mistura além de solventes, alguns podendo causar danos irreparáveis aos veículos e podem derreter componentes do sistema de injeção de combustível do carro, gerar vazamento de gasolina, perda de resíduos da borracha que veda peças, bem como entupimento dos bicos injetores.
O resultado da adulteração gera problemas graves para o veículo, como perda de força do motor; consumo alto; falhas ao dar partida, principalmente pela manhã, quando o motor está frio; e, em situação extrema, quebra do maquinário ou danos grave ao motor. O custo com os reparos é alto.
Sidnei Alencar, 34, precisou desembolsar R$1,2 mil por causa da má qualidade do combustível de um posto de gasolina no Jardim Bertioga, em Várzea Paulista. Ele conta que abasteceu três vezes no estabelecimento — de bandeira famosa — e que o produto estava R$ 0,30 mais barato que a média. “A reserva do meu carro estava acabando, e fui lá. Na hora, o carro não pegou. Fiquei tentando dar partida, e outro cliente falou que o mesmo aconteceu com ele”, relata.
Sidney é autônomo, trabalha com vendas pela região, além do custo para reparo o dia que o carro ficar parado vai causar grande prejuízo.
Na foto é possível notar a diferença do produto. O combustível chega a ficar na superfície enquanto que o outro líquido não se mistura.
A matéria não divulgou a imagem do estabelecimento por ainda não ter o parecer legal da justiça, na qual foi acionada.
Texto: Dircélio Timóteo; Imagem: Divulgação Internet