O prefeito Luiz Fernando Machado oficializou, na manhã desta terça-feira (05), no Paço Municipal, o reconhecimento à Associação e Clube dos Surdos de Jundiaí (ACSJ) como bem cultural imaterial do Município, com registro no livro de “Lugares” junto ao Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural (Compac) aprovado por unanimidade.
Semelhante ao tombamento para patrimônios materiais, o registro garante a salvaguarda e proteção ao bem por suas práticas enquanto manifestação cultural. O encontro contou com a tradução em Língua Brasileira de Sinais (Libras) do profissional Luciano Germano, cujo pai, Germano Luiz Gonçalves, era surdo e foi um dos fundadores da ACSJ há 50 anos.
Para Luiz Fernando, o reconhecimento é sinal de valorização e novas conquistas. “Este é um momento histórico e de profundidade, que nos faz lembrar do sr. Germano, personalidade que ainda hoje detém grande valor e consideração pela sociedade. E a esta alegria, somam-se outras conquistas, como a inclusão da tradução em Libras nas atividades da TVTEC e da Cultura, além das obras do Centro das Artes, que será universalmente acessível, tanto para a população quanto para a classe artística, e contará com cabine de audiodescrição, guia tátil, rampa de acesso e elevador”.
A presidente da ACSJ, Irene Mantovani, disse que a conquista traz muita alegria. “Estou muito honrada e emocionada. Não só pelo reconhecimento, como também pelas histórias que pudemos resgatar, principalmente na pessoa do sr. Germano. Espero que sirva de incentivo aos jovens para que participem e frequentem a nossa instituição”.
O gestor da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), Marcelo Peroni, também comemorou os avanços para proporcionar acessibilidade à comunidade surda. “Apenas para citar um exemplo, na programação do Setembro Azul, invertemos as posições e realizamos o primeiro evento para surdos com tradução para ouvintes, com uma grande participação da comunidade surda”.
Também participaram do encontro o vice-prefeito, Gustavo Martinelli; o diretor do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da UGC, Elizeu Marcos Franco, que explicou que o estudo para o registro surgiu durante o Mês do Patrimônio deste ano; o assessor de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Unidade de Gestão da Casa Civil (UGCC), Marco Antonio dos Santos; o presidente e a vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Felipe Lima e Ivanilde Oliveira de Jesus, respectivamente; e integrantes da ACSJ.