A economia brasileira gerou 372.265 empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Ao todo, segundo o ministério, o país registrou em agosto:
- 1.810.434 contratações;
- 1.438.169 demissões.
A geração de empregos formais em agosto deste ano é o melhor resultado desde fevereiro deste ano, quando foram abertas 397.537 vagas formais. Em agosto do ano passado, foram criados 242.543 empregos com carteira assinada.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.
Parcial do ano
Ainda de acordo com o Ministério da Economia, nos oito primeiros foram criadas 2,203 milhões de vagas. De janeiro a agosto do ano passado, foram fechados 849,38 mil empregos com carteira assinada.
Ao final de agosto de 2021, o Brasil tinha saldo de 41,566 milhões empregos com carteira assinada. Isso representa um aumento na comparação com janeiro deste ano (39,624 milhões de empregos) e, também, com agosto de 2020, quando o saldo estava em 38,365 milhões.
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.792,07 em agosto deste ano, o que representa uma queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 25,78 em relação a julho de 2021 (R$ 1.817,85) e, também, na comparação com agosto do ano passado, quando somavam R$ 1.905.46.
Programa de manutenção do emprego
De acordo com o Ministério da Economia, o comportamento do emprego formal, neste ano, ainda sofre influência do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, iniciado no ano passado e reeditado em 2021.
Isso porque os empregadores, para obterem os benefícios do programa, têm de manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo da suspensão do contrato, ou redução da jornada.
Caged X Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quarta-feira (29), consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.
Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia.
No fim de agosto, o IBGE informou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,1% no 2º trimestre de 2021, mas ainda atinge 14,4 milhões de brasileiros.