O Plano de Ação de Revitalização da Região da Ponte São João foi apresentado oficialmente à população da Região da Ponte São João nesta semana e tem como objetivo aumentar a presença do poder público no bairro, além de levar serviços públicos que contribuam para reduzir a criminalidade. Algumas ações já estão implantadas, outras em andamento e previstas para saírem do papel a médio e longo prazo.
Entre as medidas implantadas estão o Programa Bairro Seguro (com uma Base Móvel da Guarda Municipal, duas viaturas destacadas unicamente para o bairro e 11 câmeras de videomonitoramento). Em 2022 serão instaladas mais 12 câmeras na Ponte e bairros adjacentes. No período de janeiro de 2020 a junho de 2021, a GMJ realizou 1045 operações no bairro da Ponte São João.
Também compõem o trabalho o chamado senso da população em situação de rua para a elaboração de um diagnóstico (veja abaixo), o fechamento de comércios irregulares que compram ferro-velho e sucata (veja abaixo), a pavimentação e a instalação de sete postes de iluminação na avenida Hospe di Fiore (em 3.775m² de via, com 530 metros de guias), a demolição, já realizada, de um imóvel abandonado entre as ruas Dino e Elisa, além da intervenção diária das equipes de limpeza com foco na Ponte São João e no Jardim São Camilo.
“O poder público tem de estar cada vez mais presente nos bairros e por isso traçamos esse plano que, além de investir na segurança urbana, avança para outras áreas importantes, como a infraestrutura, a saúde e a assistência social”, diz o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado. “Tudo isso está sendo construído com os moradores.”
O plano compreende um trabalho multisetorial envolvendo a Guarda Municipal, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Divisão de Fiscalização do Comércio e as unidades de gestão municipal, como Saúde, Infraestrutura e Serviços Públicos, Planejamento e Meio Ambiente, Comunicação e Assistência e Desenvolvimento Social.
“Nosso plano é contínuo, assim como as reuniões com os moradores a cada dois meses para avaliar e medir os resultados e ajustar novas medidas, se necessário”, explica o gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi.
Investimentos previstos
O Plano de Ação de Revitalização da Região da Ponte São João prevê investimentos como a instalação de mais 12 câmeras de segurança (que serão somadas às 11 já instaladas), a substituição de 281 luminárias por LED, a construção de três muros de contenção (localizados na rua Graff, na avenida José di Fiori e entre as ruas Dino e Angelo Rivelli), a revitalização de áreas públicas, uma campanha educativa para não dar esmolas, além de outros. “São cerca de R$ 12 milhões, de 2021 a 2023, somente na Ponte São João e no São Camilo, com intervenções urbanas que vão melhorar a situação e revalorizar esses locais”, declara Parimoschi.
Comércios irregulares
No último dia 10, a Guarda Municipal, a Divisão de Fiscalização do Comércio e a Polícia Civil fecharam três comércios irregulares de sucata nos bairros Jardim São Camilo e Tamoio. Esses comércios funcionavam sem alvará e já haviam sido notificados. Caso o proprietário descumpra a interdição e insista em manter o local aberto, ele será multado em R$ 4.523,25, valor que pode ser dobrado em reincidência.
Abordagem social
As unidades de gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), de Segurança Municipal (UGSM) e de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) fizeram uma abordagem social junto às pessoas em situação de rua na Ponte São João e compilaram um relatório de identificação desse público.
No período entre 25 de agosto e 13 de setembro, 137 pessoas foram abordadas pelas equipes do Centro Pop e da Guarda Municipal de Jundiaí. Sobre o motivo de estarem na rua, 58 pessoas (42,3%) apontaram o uso de álcool e outras drogas, dez (7,3%) associaram à saída do sistema prisional, sete (5,1%) declararam conflitos familiares e seis (4,4%) citaram desemprego. Os outros 56 abordados se recusaram a explicar o motivo que os levou a viver em situação de rua.
Do total, somente 40 (29,2%) são nascidos em Jundiaí. Entre os restantes, 22 (16,1%) estão no município há mais de cinco anos. Os demais 54,7% afirmaram estar em Jundiaí há menos tempo ou não souberam informar.