O governo de São Paulo afirmou nesta quarta-feira (11) que mantém a previsão para a liberação total do comércio no estado em 17 de agosto. A partir desta data, não haverá mais restrição de horário de funcionamento nem de ocupação de estabelecimentos comerciais e de serviços.
Atualmente, a orientação é de ocupação máxima de 80% e limite de horário até a meia-noite.
Também serão liberados os eventos sociais, os museus e as feiras corporativas, com controle de público, desde que não gerem aglomerações. A obrigatoriedade do uso da máscara está mantida. (leia mais abaixo)
Mais cedo, o governador João Doria (PSDB) afirmou que a data de volta do público aos estádios de futebol está mantida para 1º de novembro.
O governo havia anunciado que as novas flexibilizações são possíveis devido ao avanço do calendário de vacinação, com previsão de que todos os adultos estejam vacinados com a primeira dose até o dia 16 de agosto. Os adolescentes de 17 a 12 anos serão imunizados a partir de 18 de agosto.
No entanto, o estado de São Paulo não deve atingir, nesta data, a completa imunização dos adultos, porque boa parte da população terá recebido apenas a primeira dose. Além disso, os mais jovens terão obtido a primeira aplicação apenas algumas horas antes da liberação de horário de funcionamento dos estabelecimentos.
Além disso, a gestão estadual tem acusado o governo federal de demora na distribuição de doses e também de entregar um quantitativo menor do que o previsto para o estado do imunizante da Pfizer, o que poderia prejudicar o calendário anunciado.
De acordo com o Vacinômetro, cerca de 86% dos adultos com mais de 18 anos já foram imunizados com a primeira dose até esta quarta (11). Em relação à população total, o percentual é de 65%. A aplicação da segunda dose ou da dose única da vacina atingiu apenas 26% da população adulta. Para que a proteção seja mais eficaz, é necessário que o esquema vacinal esteja completo.
Movimentação de consumidores e vendedores na região da Rua 25 de março, área de comércio popular no centro da cidade de São Paulo, na última quarta-feira (21). — Foto: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO
Liberação de eventos
A partir de 17 de agosto, eventos sociais, museus e feiras corporativas, com controle de público, estarão liberados no estado, desde que não gerem aglomerações e que sigam os protocolos de higiene de distanciamento social e uso de máscara. Nessa data, também cairá a restrição de horário e de público.
Não houve detalhamento sobre qual tipo de evento social estará liberado.
Shows com público em pé, torcidas e pistas de danças continuam proibidos até 1º de novembro, quando 90% dos adultos devem ter sido completamente vacinados. Nesta data, segundo o governo, todos os eventos estarão liberados no estado.
Governo de SP anuncia volta de torcida a estádios a partir de 1 de novembro — Foto: Reprodução/GESP
Plano São Paulo
Em 2020, o governo estadual criou o Plano São Paulo, para regulamentar as regras da quarentena em cada região. No entanto, desde 18 de abril, todo o estado de São Paulo está na chamada fase de transição, e os critérios originais do plano deixaram de ser obedecidos.
A fase de transição foi criada para representar uma etapa transitória da fase emergencial, a mais rigorosa da quarentena, mas desde então as regras do plano foram abandonadas.
De acordo com o plano, o funcionamento de estabelecimentos comerciais até as 23h seria liberado apenas na fase verde, que poderia ocorrer apenas com taxas de ocupação de UTI abaixo de 60%.
Mas esta liberação já foi anunciada em 7 de julho, quando a taxa de ocupação dos leitos estava em 70% no estado como um todo e acima de 80% em várias regiões do interior. A média de mortes e casos também estava em patamar muito acima do registrado na primeira onda da pandemia em 2020.
Antes da mudança do dia 7 de julho, o governo de São Paulo havia adiado três vezes a liberação do funcionamento do comércio até as 22h, renovando a chamada fase de transição do Plano SP que iria até o dia 15 de julho.
No final de maio, o comércio foi autorizado a elevar a capacidade máxima de 30% para 40%. Na prática, porém, não há lei, multa ou fiscalização para verificar esse percentual.