Gestores e técnicos da Prefeitura de Jundiaí estiveram na manhã desta quarta-feira (7) em Paraisópolis, zona Sul de São Paulo, onde conheceram de perto o programa G10 das Favelas, bloco formado por dez comunidades carentes, porém com enorme potencial econômico. Eles foram recebidos pelo presidente da União dos Moradores de Paraisópolis e um dos responsáveis pela formação do G10, Gilson Rodrigues.
O grupo conheceu de perto o funcionamento da engrenagem humanitária integrada à sede do G10, com projetos sociais como a oficina Costurando Sonhos, que já capacitou 250 mulheres em corte e costura e outras dez em Modelagem.
A iniciativa empodera mulheres e promove a independência financeira das alunas. Em destaque no local, uma página de jornal cuidadosamente plastificada que traz a manchete: o vestido da Miss Brasil saiu das máquinas e das mãos daquela oficina. Além disso, os cortes já conquistaram a vitrine até da São Paulo Fashion Week. Muitas das peças com material reutilizado, como cinto de segurança e uniformes de trabalhadores de fábrica. Grandes marcas investem na parceria e veem o retorno – humano e financeiro – logo adiante.
O gestor de Governo e Finanças de Jundiaí, José Antonio Parimoschi, representado na visita pelo gestor adjunto de Governo, Jones Henrique Martins, diz que o governo municipal considera de extrema importância o trabalho de capacitação e empoderamento por meio da economia do G10 das Favelas. “É dar oportunidade de trabalho e renda para as pessoas. Em Jundiaí também trabalhamos com esse objetivo, o de alcançar sempre as pessoas que mais precisam através de capacitações e ferramentas de oferta de emprego, como o portal Jundiaí Empreendedora, além de estímulos para a atração de empresas.”
Também estiveram presentes na visita a Paraisópolis o vereador Edicarlos Vieira, que mediou o encontro, a diretora do departamento de Agronegócios da Prefeitura, Isabel Harder, o diretor de Planejamento, Gestão e Finanças da Assistência e Desenvolvimento Social, Lucas Rodrigues, o gerente do Sebrae no escritório Jundiaí, Marcelo Paranzini e a analista de negócios do Sebrae, Eloísa Couto.
“É fundamental a participação dos moradores locais para o sucesso dos programas coordenados pela G10 das favelas”, observa Jones Martins. “São mais de 100 mil moradores impactados, e o que vimos foi uma profunda integração entre a iniciativa privada e cidadãos engajados na transformação de suas realidades, através do empreendedorismo, inovação, cultura, e muito networking. Ficamos impressionados com a sinergia entre as pessoas das comunidades.”
Outras ações
Outra ação que atrai a atenção com números que saltam aos olhos é a Mão de Maria. Nela, o foco é o preparo de alimentos com impacto social. Após o treinamento na cozinha, 25 mulheres – todas remuneradas – preparam 10 mil refeições todos os dias. Desde que teve início, quase dois milhões de marmitas já foram distribuídas, não apenas em Paraisópolis mas em outras comunidades espalhadas Brasil afora, como o Jardim São Camilo, de Jundiaí.
A sede do G10 em São Paulo, cravada no coração de uma comunidade com mais de 100 mil habitantes, tem 150 funcionários e ainda reúne um centro de seleção e recrutamento (Linkedin da Favela), agência de comunicação, unidade do Sebrae Aqui, atendimento permanente de RH, o programa Agrofavela Refazenda, que ensina os moradores a cultivarem horta em casa, com frutas, legumes e verduras.
Agora, o grupo de Jundiaí pretende “importar” algumas das ideias para a realidade de Jundiaí, potencializando políticas sociais já implementadas e ocupando outras lacunas, privilegiando a transformação de comunidades a partir do investimento em capital humano.
O grupo G10 Favelas é formado pela Rocinha (RJ), Rio das Pedras (RJ), Heliópolis (SP), Paraisópolis (SP), Cidade de Deus (AM), Baixadas da Condor (PA), Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA), Casa Amarela (PE), Coroadinho (MA) e Sol Nascente (DF).
Assessoria de Imprensa Prefeitura de Jundiaí
Foto: Fotógrafo PMJ