Grupos de voluntários da região de Jundiaí (SP) estão se juntando para destinar o máximo de coisas que podem para quem precisa. Assim, as famílias de baixa renda estão recebendo alimentos, kits de limpeza, álcool em gel e máscaras.
Em Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista (SP), a ONG Sementes da Vida distribui cestas básicas, leites e kits de limpeza para seis famílias carentes das duas cidades.
A voluntária Elaine Aguiar diz que a ideia começou no Natal, mas o grupo percebeu que a ajuda deveria acontecer durante o ano todo. “Quando a gente teve essa ideia, a gente percebeu que essa necessidade é o ano todo, então aí nasceu a Semente da Vida, em 2013”, explica.
Como as aulas estão suspensas durante a pandemia, a ONG manda, junto com os kits de alimentos, livros com histórias infantis de acordo com a idade das crianças. Depois de serem lidos, as crianças escrevem uma carta com o resumo da história. A ideia foi da professora aposentada e voluntária da ONG Aida Regina, que lê todas as cartinhas enviadas.
Ela explica que o feedback para cada criança é feito de forma individual, pois as cartinhas representam o momento para que a criança possa se expressar. Na conversa, elas recebem elogios e o nome de um novo livro para lerem.
“Eu vejo, como educadora, que isso é fundamental para a criança. Ela vai se sentir reconhecida, vai sentir que ela tem potencial e alguém se lembrou dela. Isso é muito importante”, diz.
Em Jundiaí, um grupo de voluntários de uma igreja evangélica também exerce a empatia com o próximo e se reúne em uma praça no centro da cidade, todos os domingos, para entregar um kit de café da manhã para moradores de rua. Esta é apenas uma das diversas ações realizadas pelo grupo.
Para arrecadar os alimentos, materiais de limpeza e outras doações, eles contam com uma rede solidária. Com a contribuição de outras pessoas, são montadas as cestas, que são doadas todos os meses para nove famílias.
Todos os voluntários contam que, com a pandemia, o número de pessoas que pedem ajuda aumentou muito e, com isso, o trabalho também cresceu, mas a satisfação por poder ajudar supera as dificuldades.
A voluntária Liziane Pinto diz que o trabalho, que antes contribuía com as cestas básicas, se estendeu para kits de limpeza e álcool em gel após analisar a situação.
“Desde o começo da pandemia, na verdade, nós já começamos a distribuir tanto a máscara como também o álcool em gel, porque as pessoas realmente não têm condições financeiras de adquirir esses produtos”, comenta.
Fonte: G1