Se em 2020 mudanças impostas pela pandemia de COVID-19, como as aulas à distância, trouxeram preocupações para pais e educadores, neste ano, há alunos e professores que dizem não querer abrir mão de atividades on-line, mesmo quando tudo puder voltar ao chamado normal. No Município, neste momento vigora o Decreto Municipal 29.812, publicado na última sexta-feira (12). As aulas presenciais nas EMEBs estão suspensas até o dia 19 de março, permanecendo a oferta do ensino remoto. De 22 a 31 de março haverá antecipação das férias previstas para o mês de julho, com retorno previsto para o dia 5 de abril – após o feriado de Páscoa.
Nicolas Maximino da Silva Miranda, de 10 anos, estuda na EMEB Rotary Club, no Anhangabaú, e conta que não deixa de participar das atividades propostas para serem feitas remotamente. Para isso, desde o ano passado, tem uma rotina definida. Na hora combinada, ele está lá pronto para aprender. “Eu fiquei longe fisicamente dos meus amigos, mas sempre mantivemos o contato por meio dessas aulas e matamos as saudades. Trocamos atividades, fizemos as lições juntos. Eu gosto muito de aprender assim. Aprendo igual quando ia na escola e ficava lá sentado na carteira. Eu quero continuar com algumas atividades no computador, mesmo depois que pudermos voltar totalmente”, comenta o aluno.
Para a mãe Juliane Souza Miranda, além de garantir o aprendizado, o ensino remoto aproximou as famílias e possibilitou um contato maior com as equipes escolares. Ela ainda destaca que as ferramentas tecnológicas também ganharam um novo sentido para o filho.
“Inicialmente, tivemos que fazer adaptações, criar uma rotina, porque era uma novidade. Passada essa fase, o Nicolas passou a ver que o computador e o celular com outros olhos. Entendeu que servem não apenas para jogar e assistir vídeos, passando a usar a internet com mais responsabilidade. Ele realmente se interessou pelo ensino on-line e se dedicou aos estudos. Também passamos a fazer os trabalhos mais juntos e eu estou tendo contato maior com a professora. Ela tira dúvidas, me auxilia a orientá-lo, me dá todo o suporte. Assim, estamos tendo resultados positivos. Ele está avançando sim”, comemora.
A professora Talita Cristina Russo Bigardi, da EMEB Professor Luiz Biela de Souza, no Jardim Santa Gertrudes, também destaca pontos positivos com a inclusão da tecnologia nas aulas. “É importante ter o contato presencial com o aluno, sem dúvidas. Contudo, mesmo que a pandemia passe, é interessante manter as ferramentas em uso. Todos aprendemos a lidar com a tecnologia e hoje as aulas são interativas, com muita aprendizagem e muita criatividade. Os alunos conseguem participar e ser protagonistas”, destaca.
Novos caminhos
Para a gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques, os novos caminhos encontrados fazem com que a rede municipal de ensino vivencie uma nova fase. “Desde março, quando as aulas foram suspensas, investimos em adaptações a fim de evitar que os nossos alunos fossem prejudicados. Implantamos as aulas remotas, envolvendo recursos pedagógicos e tecnológicos. A equipe passou por intenso processo de formação. Neste ano, avançamos com as iniciativas: oferecemos o ensino híbrido e implantamos o projeto de desemparedamento, com atividades ao ar livre e junto à natureza. Os resultados estão sendo positivos, possibilitando a aprendizagem. ”
Para os alunos sem acesso à internet, além da entrega de tarefas, é ofertado atendimento utilizando outras estratégias. “É importante observar que todas as crianças estão sendo atendidas de alguma forma, assim como os adultos da Educação de Jovens e Adultos”, acrescenta a gestora.
Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Jundiaí
Foto: Fotógrafo PMJ