O empate do Corinthians por 3 a 3 com o Athletico-PR, na Neo Química Arena, na noite de quarta-feira, apresentou bem o que vai ser a reta final do Brasileirão para aqueles times que brigam pelas vagas faltantes na Libertadores: disputa de bola a bola, gol e a gol, ponto a ponto.
Não foi um jogo ruim do Corinthians. O time de Vagner Mancini saiu na frente por três vezes. O valente Athletico-PR de Paulo Autuori conseguiu reagir bem e empatou nos três momentos da partida.
O Timão mostrou por muitos minutos as suas principais virtudes com Vagner Mancini: jogo vertical, sem troca de passes infrutíferas, com triangulações, rapidez, ultrapassagens e chegada massiva dos jogadores à área, costurando as brechas deixadas pelos defensores do Furacão.
Foi assim que Cantillo encurtou a jogada com um lançamento e achou Fagner no lance do golaço de Mosquito. Foi assim também no terceiro gol, de novo de Gustavo, em passe de Araos e chute cruzado.
Outro ponto positivo foi novamente a força na bola parada de Fagner para Gil. Desta vez, a cabeça de Gabriel apareceu no meio do caminho para que o gol saísse após escanteio.
O Corinthians foi, na maior parte do jogo, um time que soube pressionar, forçar erros e se organizar ofensivamente com velocidade, deixando o rival próximo aos 60% de posse de bola por muito tempo. Um dos problemas da noite, porém, foram os gols perdidos.
Léo Natel e Gustavo Mosquito, com duas chances claras, perderam gols dentro da área do goleiro Santos. Os dois foram importantes válvulas de escape para o time, mas poderiam ter tornado a noite mais tranquila. Mesmo assim, o time parece funcionar melhor com eles do que com Jô no pivô.
Mas além dos erros de conclusão, o Corinthians sofre nos números defensivos. São oito gols sofridos nos últimos quatro jogos. Algo que tem exigido atenção de Mancini no dia a dia.
Principalmente com um adversário como o Flamengo no domingo, autor da histórica goleada por 5 a 1 em Itaquera no primeiro turno. E com chances reais de briga pelo título.
Fonte: GE