Uma família do Arkansas, nos Estados Unidos, colocou um papai noel negro na frente da casa como decoração de natal, mas teve uma resposta desagradável – uma carta anônima e racista atacando a figura de mais de 2 metros que estava no gramado.
Como forma de apoiar a família, a vizinhança se reuniu para lotar o bairro de Papais Noéis negros.
Tudo começou em setembro quando Chris Kennedy e sua filha Emily, de 4 anos, colocaram a tradicional decoração de Natal da família na frente da casa, com luzes brancas cintilantes, uma árvore de Natal inflável e um papai noel negro alto no gramado, ao lado de uma placa colorida e iluminada.
Em entrevista ao jornal “Washington Post”, Kennedy afirmou que a decoração sempre foi bem aceita no bairro e essa foi a primeira vez que a família sofreu um ataque racista. Os Kennedys moram em Lakewood, em North Little Rock, desde 2017.
A carta anônima deixada no correio da família dizia que a figura natalina era um homem branco e que fazer as crianças acreditarem que ele é negro não passa de uma ‘mentira’. O bilhete ainda sugeria que Kennedy se mudasse de bairro.Após a mensagem, Kennedy utilizou uma rede social para mostrar a sua indignação e compartilhar com os vizinhos o que tinha acabado de acontecer. A família procurou a delegacia de polícia mais próxima e registrou uma ocorrência por crime de assédio.
Em solidariedade, os vizinhos passaram a mudar as suas decorações de natal para incluir um papai noel negro como figura principal. Gradualmente, o boneco inflável começou a pipocar nos gramados do bairro.
Segundo o “Washington Post”, a demanda está tão grande que o estoque de papais noéis negros da região está se esgotando.
Apoiado pelo bairro
Para Kennedy, a solidariedade dos vizinhos prova que ele é bem-vindo na vizinhança e que pertence ao bairro que escolheu para viver. Além da importância do ato para a sua filha.
Segundo ele, a figura do Papai Noel negro surgindo no bairro passa uma ideia de pertencimento e normalidade para a pequena Emily.
O apoio transformou uma situação dolorosa e assustadora em uma demonstração clara de que o único problema do bairro é o autor da carta.
A história fez tanto sucesso que um homem de Nova York encaminhou um outro boneco inflável para Kennedy colocar na frente da sua casa.