O estado de São Paulo registrou a maior temperatura dos últimos 87 anos, nesta quarta-feira (7), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O recorde histórico foi marcado em Lins, cidade do interior paulista, com 43,5ºC.
De acordo com o Instituto, até então a maior temperatura havia sido registrada em Iguape, no dia 3 de fevereiro de 1933.
Veja, abaixo, as máximas históricas:
- 43,5°C de Lins em 07/10/2020
- 43,0°C de Iguape em 03/02/1933
- 42,9°C de Barretos em 07/10/2020
- 42,8°C de Registro em 02/10/2020
- 42,6°C de Ibitinga em 07/10/2020
- 42,4°C de Dracena em 06/10/2020
- 42,2°C de Catanduva em 05/10/2020
- 42,1°C de Iguape em 16/01/1956, Catanduva e Votuporanga em 03/10/2020
- 42,0°C de Jales em 07/10/2020
- 41,9°C de Lins em 30/09/2020 e 06/10/2020 e Dracena em 03/10/2020
Conforme o Inmet, Lins registrou a alta temperatura às 15h. Até esta quarta, a maior temperatura na cidade tinha sido registrada no dia 30 de setembro deste ano, sendo 41,9ºC.
Na cidade de São Paulo, três dos cinco dias mais quentes para um mês de outubro foram registrados em 2020. A máxima já registrada foi 37,8ºC, em outubro de 2014.
Mais de 40ºC
A cidade de Bauru, que fica na região de Lins, também ultrapassou a marca de 41ºC nesta quarta, atingindo novamente o recorde de maior temperatura no município em pelo menos 19 anos.
Segundo o Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) local, os termômetros marcaram 41,2ºC às 13h20.
A sequência de recordes teve início no final do mês de setembro, quando Bauru registrou 39,9ºC no dia 30. De acordo com dados do IPMet, essa já seria a temperatura mais alta no município desde 2001, ano em que o instituto começou a registrar o indicador.
Depois disso, Bauru registrou 40ºC na quinta e 40,3ºC na sexta.
Por causa do calor, o Inmet emitiu um alerta para o perigo de morte por hipertermia em partes do Centro-Oeste e do Sudeste.
A hipertermia é a condição caracterizada pela elevação da temperatura corporal quando o organismo produz (febre) ou absorve mais calor do que consegue dissipar.
O meteorologista do Inmet Olivio Bahia explicou que no Brasil não é comum ver morte associada a onda de calor. “No Brasil não é comum, mas sabemos que o corpo humano sente. Essas mortes provocadas pelas ondas de calor são mais frequentes na Europa”, diz.
Bahia explica que o aviso é emitido quando as temperaturas registradas superam em cinco graus a temperatura média em determinada área.
“De dois a três dias, o alerta é amarelo. O laranja é quando a condição de temperatura acima da média varia de três a cinco dias. Acima de cinco dias, como agora, o alerta passa a ser vermelho.”
Previsão para os próximos dias
O índice de umidade relativa do ar no Brasil pode cair para 15% até esta quinta-feira (8). O indicador só volta a subir na sexta-feira (9), com a chegada de uma nova frente fria que vai trazer o refresco nas temperaturas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis abaixo de 30% já podem trazer problemas de saúde.
Fonte: G1