A rede Atacadão afirmou que “lamenta o ocorrido com a consumidora e informa que, prontamente ao tomar conhecimento do caso, iniciou uma rigorosa apuração em sua unidade Mogi das Cruzes”.
A tosadora Lorene Lourenço conta que fez as compras em um atacadista no sábado (19). “Tirei as compras do carro e coloquei em cima da mesa. O saco de laranja ficou no chão. Eu disse para a minha funcionária pegar algumas laranjas. A gente estava conversando, quando vimos a cobra saindo do saco”, explica Lorene.
Um parente de Lorene cortou uma garrafa PET e esperou a cobra entrar no recipiente e a prendeu.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que a cobra foi retirada do imóvel pelo Cento de Controle de Zoonoses (CCZ). Segundo a administração municipal, ela é da espécie conhecida como “falsa coral”, que não é venenosa, e foi solta na natureza.
A tosadora contratou um advogado para processar o atacadista. “O supermercado tem responsabilidade independente da cobra ser venenosa ou não”, afirma Lorene.
O advogado José Beraldo explica que o comércio tem a responsabilidade e o dever de vigiar e fiscalizar as mercadorias. “Não pode pegar um produto direto do fornecedor sem examinar. Há produto que a embalagem é lacrada não dá para examinar, mas não é o caso do saco de laranja”, destaca Beraldo.
Ele afirma que vai ingressar uma ação de danos morais por conta do medo e desespero que Lorene passou ao descobrir o animal peçonhento no meio das laranjas. Segundo o advogado, ele vai pedir uma indenização de 40 salários mínimos.
A rede atacadista acrescentou em nota que tem compromisso com um rígido protocolo de segurança alimentar em todas as unidades. “Também estamos comprometidos a prestar todo suporte necessário à cliente, mas até o momento não fomos procurados”, afirmou em nota.
Fonte: G1