Após tratamento na Mata Ciliar, lobo-guará volta a andar

Um lobo-guará resgatado com ferimentos graves causados por um atropelamento, em 2018, voltou a andar e passar pelo processo de reabilitação, na Associação Mata Ciliar, em Jundiaí (SP). O animal corria o risco de ter as duas pernas amputadas.

De acordo com a veterinária que cuidou de Tambaú, cujo nome de batismo é o mesmo da cidade onde ocorreu o acidente, conta que o animal chegou para tratamento com fratura exposta e contaminada.

“Na cirurgia, tivemos o sucesso em uma das pernas, mas a outra não, devido à gravidade da lesão. Ele teve que fazer uma segunda cirurgia em que os próprios ortopedistas acharam que a situação não era muito favorável e teria que ser amputada. Mesmo assim, tentamos mais uma vez e na terceira deu certo”, lembra Jéssica da Silva Paulino.

Atualmente, o animal está recuperado fisicamente. No entanto, precisa ser estimulado a exercer o comportamento natural, já que desde fevereiro de 2018 está em tratamento.

Tambaú está sendo avaliado por meio de vídeo monitoramento em um recinto com 2 mil metros quadrados e recebe medicação periódica. Há câmeras no recinto, que registram os seus movimentos. Caso a avaliação seja favorável, ele deve voltar à natureza.

“O que é outro desafio, já que as áreas de Cerrado no Brasil estão desaparecendo rapidamente, o que dificulta encontrar uma boa área para ele sobreviver.”

O lobo-guará é considerado o maior canídeo da América do Sul e um animal adulto pode chegar a medir 1,30 metro e mais de 20 quilos.

Lobo-guará volta a andar após tratamento em Jundiaí — Foto: Associação Mata Ciliar/Divulgação

Resgate

Na época, ele foi levado pela Polícia Ambiental de São João de Boa Vista para Jundiaí. As duas pernas estavam quebradas e em partes complicadas para o procedimento cirúrgico.

Ao todo, foram necessárias quatro cirurgias para recuperar-se completamente. Nesse período, o lobo-guará precisou ser cuidado de perto e alimentado por tratadores.

Segundo a Associação Mata Ciliar, cerca de 20 animais já foram recolhidos para tratamento, sendo dois só em 2020.

Fonte: G1/Jundiaí