Três homens, uma mulher e um bebê de um ano, que estavam no carro atingido, morreram no local. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande para serem identificados.
Cinco pessoas que estavam no carro morreram após acidente na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, SP — Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária
“O motorista falou que saiu de um bairro próximo. Ele falou que ingeriu bebida alcóolica, se recusou a fazer o teste do etilômetro, foi preso e levado para o DP”, afirmou Moacir Mathias do Nascimento, comandante da Polícia Rodoviária Litoral Centro-Sul e Vale do Ribeira.
Condutor do carro esportivo não quis fazer o teste do bafômetro após acidente na rodovia Padre Manoel da Nóbrega, SP — Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária
O motorista foi levado a Deleagacia Sede de Peruíbe. “O condutor será indiciado por homicídio, previsto no artigo 121 do Código Penal, além de embriaguez ao volante, previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro. Não será arbitrado fiança”, disse o delegado Arilson Veras Brandão.
Lei Seca
Os condutores autuados por embriaguez ao volante ou recusa ao teste do etilômetro, também conhecido por bafômetro, terão de pagar multa no valor de R$ 2.934,70, além de responderem a processo administrativo no Detran.SP para a suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Quem apresentar índice a partir de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido no teste do etilômetro, além das penalidades, também responderá na Justiça por crime de trânsito. Se condenado, poderá cumprir de seis meses a três anos de prisão, conforme prevê a Lei Seca (lei nº 12.760/2012), também conhecida como “tolerância zero”.
Acidente ocorreu por volta das 4h na rodovia Padre Manoel da Nóbrega e matou cinco pessoas — Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária
Mãe desmaiou ao saber da morte de 4 familiares
Pai, filha e neto, são três das vítimas fatais de acidente que matou 5 em Peruíbe, SP — Foto: Arquivo pessoal
“Independente da situação, ele está vivo, não aconteceu nada com ele. Agora, para a minha família não tem volta, foram vítimas dessa tragédia”, diz a familiar. De acordo com ela, toda a família mora em Itanhaém, mas em bairros um pouco distantes. O pai e mãe são separados há 16 anos, mas há cerca de dois meses ele passou a morar com a irmã.
A família afirma que não tem condições financeiras para pagar o sepultamento e optou pela ajuda do fundo social. O velório terá duração curta, devido à pandemia, e ocorrerá com restrição de pessoas, neste domingo (1º), data que os corpos serão liberados pelo Instituto Médico Legal (IML), conforme explica Sheila.
“Minha irmã era muito brincalhona, alegre, estava ali quando a gente precisava, mas sempre muito extrovertida. Meu pai era muito calmo, adorava dançar e brincar. E agora, ficam só as lembranças boas e queremos justiça. Porque tirar a vida da minha irmã, sobrinho e meu pai, as coisas mais preciosas que tínhamos, é muito dolorido. Meu sobrinho tinha 1 ano e 8 meses, uma vida pela frente. Tirou um pedaço de nós. Foram os três de uma vez”, finaliza a familiar.
Fonte: G1