O cirurgião-geral, Frederico Michelino, confirmou a realização de 292 cirurgias de urgência, no mês de junho no Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí. Frederico é diretor-clínico e coordenador de cirurgias do Pronto-Socorro do hospital. O atendimento aos pacientes dessas cirurgias foi realizado na mesma época em que a pandemia do coronavírus atingia o pico de casos no município sem, no entanto, haver saturação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou enfermaria e mantendo-se a qualidade dos serviços de alta complexidade prestados.
O médico recorda que, com o aparecimento do coronavírus, o corpo clínico estruturou o hospital para que não houvesse contato entre pacientes covid e não-covid. “Além disso, o Hospital Regional dá um apoio muito grande, recebendo pacientes clínicos, para que a gente pudesse deixar o São Vicente disponível também para o atendimento das urgências e emergências”, comenta Frederico.
De acordo com ele, as cirurgias são divididas basicamente em duas categorias – urgências traumáticas e urgências não-traumáticas. “Dentro das urgências traumáticas, a equipe que tem maior demanda é a de Ortopedia, seguida pela equipe de Cirurgia Geral e a Neurocirurgia”, informa. “Nas urgências não-traumáticas, que não estão relacionadas a acidentes, a equipe que mais atua é a de Cirurgia Geral, seguida pela de Oncologia, Neurocirurgia, Cirurgia Cardíaca e depois as especialidades – Vascular, Cabeça e Pescoço, Urologia, Boca Maxilo e cirurgia plástica”, detalha.
Satisfação
Dona Maria Tereza Bernardino é dona de casa e passou por uma das cirurgias realizadas em junho no São Vicente, em razão de um câncer no intestino. “Deu tudo certo na operação, felizmente. Fui muito bem cuidada pelos médicos que são muito bons mesmo e, também, pelo pessoal da Enfermagem, no tempo que precisei ficar internada. Tive alta e agora aguardo o tratamento que deve ser feito no Hospital Regional”, garante.
Aos 77 anos, dona Benedita Darci Penteado de Camargo, “nascida e criada em Jundiaí”, como ela gosta de dizer, tem cinco filhos e “perdeu a conta dos netos e bisnetos, graças a Deus”. Bem humorada e disposta, ela conta que precisou fazer uma cirurgia de urgência, em junho, para extirpar um câncer no estômago. Ficou internada seis dias depois da cirurgia e diz que nunca na sua vida foi tão bem tratada.
“O povo de lá não sabe o que fazer pra deixar a gente bem”, garante. “Médicos, enfermeiras, todo mundo trata a gente maravilhosamente bem”, acrescenta. Ela queria ter feito uma homenagem ao pessoal do hospital. “Mas com essa pandemia melhor ficar quietinha em casa e só sair se precisar. Eu rezo por todos eles e elas. Para que sejam sempre com todos como foram comigo”.
Assessoria de Imprensa HSV