Três pessoas foram diagnosticadas no Brasil com danos nos pulmões associadas ao uso de cigarros eletrônicos, de acordo com alerta da Sociedade Brasileira de Pneumologia Torácica (SBPT). Na terça-feira (3), a SBPT comunicou os diagnósticos e alertou para os riscos do uso do equipamento. A venda dos dispositivos é vetada no país.
A SBPT confirmou que os casos identificados no Brasil são decorrentes da vaporização de tetrahidrocanabinol (THC) e que todos os pacientes adquiriram o dispositivo nos Estados Unidos.
“Foram confirmados três casos até agora”, disse Jose Miguel Chatkin, presidente da SBPC. “Mas a pedido dos médicos e dos próprios pacientes, não podemos identificá-los. O que fazemos é um alerta para que profissionais da saúde saibam identificar este problema.”
‘Injúria pulmonar’
Os sintomas decorrentes do uso destes equipamentos costumam incluir tosse, dor torácica e dispneia, disse a SBPT em um comunicado. A instituição destacou também dores abdominais, náusea, febre, calafrios e até perda de peso.
O especialista explicou que ainda não há um termo brasileiro para identificar os danos causados pelo uso de cigarros eletrônicos e que os médicos usam o conceito importado dos EUA Injuria Pulmonar Relacionada ao Uso de Cigarro eletrônico (Evali, da sigla em inglês).
“Falamos em, injúria ou agressão, porque há uma substância ainda indefinida que essa substancia que agride algumas partes do aparelho respiratório, perincipalmente o interstício, que é um tecido pulmonar que conecta vasos e brônquios, é ele que está sofrendo com essa agressão”, definiu Chatkin.
No Brasil, o tratamento indicado prevê a suspensão imediata do uso do cigarro eletrônico, uso de corticoides e até mesmo a internação para acompanhamento em casos de pacientes dispneicos ou com a respiração prejudicada.