A denúncia foi aceita pelo 5ª Vara do Tribunal do Júri da capital, onde a universitária responderá por tentativa de homicídio com o uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A garota sobreviveu, pois teve a queda amortecida ao cair sobre o vidro dianteiro de um veículo que chegava ao prédio. Ela já teve alta médica. A mãe continua internada em estado grave no Hospital das Clínicas da capital.
Ela foi denunciada pelo promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo. Para ele, a mulher, “com nítido propósito de matar sua filha, arremessou-a pela janela do apartamento”.
“Assim agindo, a denunciada deu início à execução de um crime de homicídio, o qual somente não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, a saber, o fato de ter sido amortecida a queda da vítima, uma vez que ela caiu sobre o vidro frontal de um veículo que, por coincidência, naquele momento ingressava com o automóvel nas dependências da garagem do prédio onde os fatos ocorreram”, escreveu o promotor.
Depois que a universitária jogou a filha pela janela, policiais militares foram acionados e passaram a negociar a rendição da mulher, que se trancou no apartamento e ateou fogo nas cortinas, provocando um incêndio.
Surto psicótico
A principal suspeita da polícia é de que a mãe teve um surto psicótico, cortou a tela de proteção da janela, enrolou a filha em panos e depois a jogou. Policiais disseram que a mulher acreditava que outras pessoas queriam levá-la com a filha.
O MP também pedirá exame de insanidade mental para a mãe.
Caso o exame comprove que a mãe tem alguma doença mental, por exemplo, ela não poderá ser responsabilizada criminalmente pelo que fez, tendo de receber tratamento em um hospital psiquiátrico.