Durante o sábado (26), equipes da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) – agentes comunitários de saúde e técnicos da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) – realizaram uma ação de investigação epidemiológica, busca ativa de sintomáticos e orientação sobre os cuidados para combater os mosquitos Aedes aegypti, transmissores da dengue, na região do bairro Ponte São João.
A área recebeu nova ação de intensificação educacional por conta do registro de 47 casos confirmados de dengue neste ano. “O bairro vem sendo trabalhado durante os levantamentos do Índice de Breteau, em fevereiro, e em março, durante o Xô Dengue, que contou com o apoio dos militares do 12º GAC e também durante as investigações epidemiológicas desencadeadas pelas notificações de casos suspeitos. No entanto, os criadouros no interior das residências continuam sendo localizados. Somente com o apoio da população é que será possível combater a arbovirose e evitar casos graves da doença”, afirma a biomédica da UVZ, Ana Lúcia de Castro.
Qualquer recipiente que possa acumular água é passível de se transformar em um criadouro de mosquitos Aedes aegypti. A organização do quintal, limpeza de calhas, colocação de água sanitária em ralos, a eliminação de pratos aparadores em plantas e a limpeza com água, bucha e sabão dos bebedouros dos animais são medidas simples que devem ser adotadas pela população. A busca pelo atendimento médico deve ser realizada a partir dos sintomas de dor de cabeça, febre alta e repentina, dores nas articulações, dor nos olhos e manchas vermelhas pelo corpo.
A aposentada Elígia Amade, que mora na Rua Conceição, recebeu elogios dos agentes pelo cuidado com as árvores que existem no quintal. “Eu e minha nora temos muito cuidado e não deixamos água acumulada em nenhum vaso. A água dos passarinhos é trocada diariamente”, conta. Em uma residência próxima, os agentes coletaram larvas que podem ser do mosquito transmissor da doença. O morador, que afirmou não ter nenhum sintoma da doença, recebeu orientações.
A Prefeitura de Jundiaí mantém a publicação no portal municipal do Boletim Epidemiológico durante o período de maior circulação da arbovirose (dezembro a maio). De acordo com os dados disponibilizados pela Vigilância Epidemiológica (VE), a cidade conta com 903 casos confirmados, sendo 843 autóctones, 5 importados e 5 indeterminados.