A Prefeitura de Itatiba (SP) informou que vai solicitar que o projeto Atirador Mirim, realizado na cidade desde 2015 em parceria com o Tiro de Guerra, seja rebatizado depois que moradores questionaram nas redes sociais se havia aulas de tiro. A ação, que não envolve armamento e é voltada para crianças entre 11 e 13 anos, tem como objetivo oferecer aulas de cidadania, prevenção de incêndio, ética e civismo.
Segundo o Executivo, a solicitação já foi feita em 2017 ao Exército para que não houvesse associação indevida, mas a substituição foi negada com a alegação de se tratar de um padrão nacional do Exército. Na segunda-feira (15), um morador compartilhou a publicação da prefeitura sobre a abertura das inscrições para o projeto no Facebook. Segundo ele, o link foi excluído do site da administração municipal após a repercussão.
Em nota, o Exército Brasileiro informou que a seção de Tiro de Guerra da 2ª Região Militar não foi informada de nenhuma reclamação sobre o nome e que não tem registros de queixas relacionadas ao assunto. Agora, a prefeitura informou que vai solicitar novamente a mudança.
Atualmente, 11 cidades do Estado de São Paulo contam com o projeto Atirador Mirim: Itatiba, Tupã, Taquaritinga, Amparo, Jaú, Promissão, Osvaldo Cruz, Votuporanga, Sorocaba, Garça e Vargem Grande do Sul.
O projeto consiste em oferecer aos alunos de escolas municipais lições de comportamentos saudáveis, higiene, saúde, relações interpessoais, prevenção de incêndio, prevenção e resistência às drogas, educação física, cidadania, ética, civismo, trânsito, meio ambiente, além de visitas a órgãos públicos e participações em eventos.
O Exército disse ainda que não cabe a ele a alteração do nome, já que o projeto Atirador Mirim é uma parceria entre os Tiros de Guerra, as prefeituras e a sociedade civil.
Fonte: G1