O motorista que abastece em Jundiaí (SP) paga mais caro do que aquele que abastece em Campinas e São Paulo. O etanol, por exemplo, chega a ser R$ 0,40 mais caro do que na capital.
O coordenador de engenharia Marlon Bianchini mora em Jundiaí e trabalha em São Paulo. Abastece o carro pelo menos 10 vezes por mês, mas só na capital. Ele diz que paga R$ 2,27 pelo litro do etanol. Comparando os preços das duas cidades e o combustível consumido, a economia estimada é de R$ 200 por mês.
A Agência Nacional de Petróleo faz um levantamento semanal em postos de combustíveis de todo o país. No último apontamento, o preço mínimo do litro do etanol em Jundiaí foi de R$ 2,58. Já em São Paulo R$ 2,17, uma diferença de R$ 0,41.
Em uma média feita com os levantamentos da pesquisa, Jundiaí chegou a R$ 2,68 e São Paulo R$ 2,51. A equipe da TV TEM rodou algumas avenidas nos arredores da Marginal Tietê, em São Paulo, para avaliar os preços. Algumas avenidas em Jundiaí também foram visitadas.
A maior variação de preços encontrada entre as duas cidades foi superior a R$ 0,30. De acordo com o representante do sindicato da categoria, Eduardo Valdívia, cada posto tem um custo diferente para funcionar.
Eduardo diz que a composição do preço tem vários itens. O custo do transporte do combustível é um deles. Vários outros itens são analisados e fazem diferença.
“Campinas está ao lado de Paulínia, então o frete é um custo muito menor do que Jundiaí. São Paulo também, São Paulo é suprida por Guarulhos, que está na Grande São Paulo, ou suprida por bases que estão na região do bairro do Ipiranga, ou seja, um frete muito mais barato. Jundiaí ou recebe de Barueri ou recebe de Paulínia, que é a sua maioria, ou recebe de São Paulo e isso encarece o frete. Todos nós somos reféns do nosso governo, tanto estadual quanto federal, na esfera de imposto e isso também está no preço do combustível, de uma forma geral”, explica.
Os motoristas de Jundiaí sabem que pagam mais caro pelo etanol, mas, para quem fica por aqui, não tem como escapar. “Gera dúvida para o motorista, porque a gente não sabe onde abastecer.”
Reportagem do G1/TV Tem